De regresso a casa

Estou a sobrevoar os Pirineus. Ja nem sei quantas vezes passei por estas montanhas em que o piloto diz, “e agora temos a cidade de Pamplona à vossa esquerda”. Este vôo que me tras de Frankfurt para Lisboa acaba por ser quase sempre o melhor dos vôos, aquele que me leva para casa de pois de uma semana de trabalho no estrangeiro.
Este em particular é o fim da minha primeira visita á Inda. Estive à espera desta viagem nas ultimas semanas com alguma ansiedade. Depois de termos tudo marcado descobrimos que havia um atraso nos vistos e tivemos que re-marcar toda a viagem novamente, quando primeiro iriamos voar directamente para Pune, depois já iamos para Bombaim e por fim acabamos por voar para Nova Delhi... ok, nada que não aconteça.
A India sempre me fascinou, sempre tive a ideia da India dos Marajas, dos palacios enormes, do Taj Mahal, dos deuses Hindus, mas a India que encontrei não foi bem essa que as agencias de viagens levam os turistas a ver. Uma vez que tenho que entrar em contacto com a população local, perceber como funciona a economia do país, como as pessoas se comportam em relação aos empregos, quais são as necessidades que têm, isso fez me descobrir uma India que primeiro que tudo impressiona pelos numeros:
- 1,14 biliões de habitantes
- 6 milhões de telemoveis novos todos os meses

A India que encontei encontra-se em explosão.... está tudo a ser construido e tudo por construir. O transito é caotico e faz paracer que as minhas manhãs no IC19 são coisa de menimo mimado. A pobreza pode ser extrema, mas a riqueza tambem. Este país que ontem lançou uma missão espacial é Lua, tem milhões pessoas a dormir em barracas assentes em chapas de zinco e lama.... Quando visitamos estes paises temos que mudar o “ship”, deixar de pensar que o modelo de vida europeu, o do estado social e solidario se pode encontar em muitos mais sitios do mundo senão no nosso cantinho abençoado chamado Europa.